A VJ conversa com o iG Jovem sobre tatuagens, sua nova marca de roupas e trocar a MTV por outra emissora
"Não sou rebelde como pensam", diz a VJ da MTV
Depois de almoçar correndo e gravar um comercial, Mariana Lima, a MariMoon, entra correndo no táxi em uma rua movimentada de São Paulo, de coturnos dourados e legging com estampa da via láctea, e começa a contar sobre sua correria. Fala sobre o comercial, o almoço e o que deu errado pela manhã.
Quem encontra com a apresentadora já tem a sensação de conhecê-la há tempos, afinal, Mari está nos programas da MTV, em websites, no Twitter e em comerciais, e bem antes disso já estampava o Fotolog. Mas a naturalidade de MariMoon para começar um bate-papo e desenrolá-lo durante uma tarde inteira é tamanha que ao conhecê-la dá para jurar que uma conversa como aquela já rolou antes.
Licenceamento de roupas e acessórios é o novo passo da carreira de MariMoon
Depois do sucesso na internet e alguns trabalhos decorrentes disso, em 2007 rolou o convite para trabalhar na MTV e, hoje, ela é um dos maiores faturamentos da emissora, graças ao fato de ter a imagem vinculada a produtos que vão de artigos escolares a ações promocionais de empresa de telefonia móvel. Apesar do sucesso na publicidade, Mari não encara a si mesma como uma empresa nem vive focada nos negócios. "As coisas na minha vida foram acontecendo, e eu fui aproveitando as oportunidades", conta.
Prova desse desprendimento é o apego ao posto que Mari ocupa no canal. "Dificilmente eu sairia da MTV para trabalhar em outra emissora. Acho que exigiriam que eu entrasse em certos padrões, que emagrecesse, adotasse um visual menos chocante", explica, afirmando que na MTV ela tem liberdade para aparecer frente às câmeras do jeito que quiser e mostrando quem é de verdade.
Autenticidade é algo que a apresentadora preza e, quando questionada sobre a "personagem" Marimoon, explica que, apesar de usar um nickname de internet, a menina do Fotolog, a VJ da MTV e a Mariana Lima são a mesma pessoa. "Marimoon é só um nick que criei e que deu nome para o Fotolog, porque meu nome é Mariana Lima e, pô, quantas Mariana Lima já existem?", diverte-se.
Mari não separa a vida pessoal da moça de cabelos coloridos da televisão, e por isso, permite-se chocar as pessoas ao mostrar quem é e o que pensa, mesmo que isso signifique exibir um lado bem comportado que nada tem a ver com a rebeldia que esperam da apresentadora. "Às vezes mães de amigas me achavam uma doida por causa do visual e, quando me conheciam, ficavam surpresas", conta. "As pessoas se espantam porque eu não tenho tatuagem e falam 'nossa, MariMoon, com esse cabelo colorido e essas roupas você nunca fez uma tatuagem?', mas gente, se eu quero mudar a cor do cabelo toda semana, como é que eu vou fazer algo que dura para sempre?", questiona. "Eu não sou assim rebelde como pensam, sou bem careta, na verdade".
Mari acredita que, em outra emissora, teria que emagrecer
e mudar o visual
e mudar o visual
De fotologger de sucesso a personalidade influente no meio jovem, MariMoon sente que a carreira chegou em um momento em que já é possível retornar para o plano inicial sem abandonar o que foi conquistado até então. Depois de virar capa de caderno, vai ceder seu nome e imagem ao licenciamento de meias e, depois, de roupas, que serão criados por ela. "Eu sempre tive essa coisa de buscar novidades e criar. As peças com orelhinhas no capuz, que hoje são moda nos eventos de anime, não existiam no Brasil até eu começar a fazer e vender", recorda. "Mas tive que fechar a loja por falta de tempo", revela.
Agora, Mari e a MTV preparam um story guide, livro com referências para as coleções que levarão o nome de MariMoon. Serão roupas e acessórios licenciados e desenhados pela apresentadora. O projeto, no entanto, ainda está em fase de negociações, por isso, não há previsão de chegada dos produtos às lojas.
Créditos: iG
